Breaking

Greve nos Trens: Ação Pode Afetar 830 Mil Passageiros na CPTM**



A partir da próxima quarta-feira, 26 de março, uma greve iniciada pelos ferroviários de São Paulo pode causar grandes transtornos para quem depende do transporte público na cidade. A paralisação afetará as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que juntas atendem cerca de 830 mil passageiros por dia, distribuídos em 30 estações. A decisão foi tomada após uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, na última quinta-feira, 20 de março.

De acordo com a CPTM, a linha 11-Coral transporta, em média, 540 mil passageiros por dia útil, a linha 12-Safira, 260 mil e a linha 13-Jade, cerca de 30 mil. Essas linhas são essenciais para a conectividade entre a região central de São Paulo e áreas da zona leste, além de cidades da Grande São Paulo, como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos.

Antes do início da greve, o Sindicato dos Ferroviários também aprovou a criação de uma comissão de negociação, além de um ato público na manhã de terça-feira (25/3), em frente à Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A greve ocorre em um momento chave, já que, na sexta-feira (28/3), o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende realizar o leilão das concessões das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.

Essa privatização faz parte de um programa de modernização da CPTM, um dos pilares da gestão de Tarcísio, com o objetivo de aproximar a qualidade da companhia à do metrô de São Paulo. O governo promete melhorias, como a redução dos intervalos de espera para três minutos, além da construção de oito novas estações e reforma de 24 estações existentes. O investimento planejado é de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos.


No entanto, a proposta de privatização enfrenta forte oposição de sindicatos e de setores da esquerda, que temem que a CPTM acabe se tornando uma empresa com a mesma qualidade das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, privatizadas e operadas pela ViaMobilidade. Essas linhas têm enfrentado sérios problemas desde a privatização, como evidenciado pelo pagamento de R$ 786 milhões em multas devido a falhas nos serviços, conforme acordado com o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo (MPSP) no final de 2023.


A greve, portanto, reflete um cenário tenso em torno da privatização do transporte público em São Paulo, com o futuro da CPTM em jogo. Para os passageiros, o impacto diário será significativo, e os próximos dias prometem ser desafiadores para quem depende desse meio de transporte.

Créditos: Fernando Frazão/Agência Brasil

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.